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Saúde Mental na Terceira Idade: Idosos Também Sofrem em Silêncio

Envelhecer traz aprendizados, histórias e sabedoria — mas também pode vir acompanhado de desafios emocionais profundos. Solidão, luto, perdas de autonomia e a sensação de invisibilidade fazem parte da realidade de muitos idosos. Apesar disso, a saúde mental na terceira idade ainda é um tema pouco discutido, o que contribui para que muitos sofram calados, sem apoio e sem diagnóstico.

Neste blog, vamos conversar sobre por que é tão importante olhar com mais cuidado para o bem-estar emocional dos idosos, como identificar sinais de sofrimento e, principalmente, de que formas podemos acolher, apoiar e promover uma velhice mais leve, digna e cheia de sentido.

Por Que Falar Sobre Saúde Mental na Terceira Idade é Urgente?

Quando pensamos em saúde mental, geralmente imaginamos jovens ou adultos enfrentando estresse, ansiedade e depressão. Mas existe uma parcela da população que sofre em silêncio, muitas vezes invisível: os idosos. A saúde emocional na terceira idade é tão importante quanto em qualquer outra fase da vida — e precisa ser tratada com o cuidado e a atenção que merece.

Com o envelhecimento, chegam também mudanças profundas: o corpo já não responde da mesma forma, a rotina se altera, muitos perdem o parceiro de vida ou se distanciam de amigos e familiares. Lidar com essas transformações pode gerar tristeza, medo, angústia e, em muitos casos, levar ao desenvolvimento de transtornos como depressão e ansiedade.

Infelizmente, o sofrimento psíquico dos idosos ainda é frequentemente minimizado. Frases como “isso é coisa da idade” ou “todo idoso é mais calado” escondem o risco de negligenciar sintomas importantes. Essa naturalização da dor emocional contribui para que muitos vivam em silêncio, sem diagnóstico e sem acesso ao cuidado necessário.

Falar sobre saúde mental na terceira idade é um ato de respeito, inclusão e humanidade. É reconhecer que todo ser humano, em qualquer fase da vida, merece ser ouvido, compreendido e tratado com dignidade.

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Os Principais Desafios Emocionais dos Idosos

1. Solidão e isolamento social

 Com o passar dos anos, muitos idosos passam a viver sozinhos, seja pela perda do companheiro, pela saída dos filhos de casa ou por mudanças na dinâmica familiar. As visitas diminuem, as conversas ficam raras e a tecnologia, muitas vezes inacessível, dificulta a manutenção de vínculos. Essa desconexão social pode gerar um sentimento profundo de abandono e contribuir para quadros de depressão, ansiedade e até mesmo doenças físicas. A solidão, mais do que um incômodo, se torna um fator de risco real para a saúde.

2. Luto e perdas sucessivas

A terceira idade é marcada por despedidas. Amigos de longa data, irmãos, cônjuges e até filhos, em alguns casos. O luto se torna uma presença constante — e nem sempre há espaço para expressar essa dor. Muitos idosos sentem que precisam ser fortes o tempo todo, escondendo o sofrimento para não preocupar os outros. Mas o acúmulo de perdas não elaboradas pode gerar um peso emocional difícil de carregar e afetar profundamente a saúde mental.

3. Mudanças na autonomia e autoestima

A aposentadoria pode trazer alívio para alguns, mas para outros representa a perda do propósito e da identidade construída ao longo de décadas. Com a idade, o corpo também muda: surgem limitações físicas, doenças crônicas, necessidade de apoio para tarefas simples. Isso afeta diretamente a autoestima. Muitos idosos se sentem “um fardo” ou acreditam que já não têm mais utilidade, o que pode desencadear tristeza profunda, desesperança e até pensamentos autodepreciativos.

Sinais de Alerta: Quando é Hora de Pedir Ajuda?

Muitos sintomas emocionais em idosos são confundidos com “coisas da idade”. Mas é fundamental entender que tristeza constante, apatia ou desânimo não são parte natural do envelhecimento. São sinais de que algo pode estar errado — e merecem atenção.

Confira alguns comportamentos que podem indicar sofrimento emocional:

  • Apatia ou tristeza constante
    O idoso parece desanimado, fala pouco, evita conversas e demonstra pouca ou nenhuma alegria ao longo dos dias. Esse estado de desânimo contínuo pode indicar depressão ou outro transtorno emocional.
  • Desinteresse por atividades que antes gostava
    Se aquela pessoa que adorava ver novelas, caminhar, cozinhar ou jogar dominó agora não demonstra mais vontade de fazer nada, é sinal de alerta. A perda de interesse em hobbies e rotinas prazerosas pode ser um indicativo de que algo está acontecendo internamente.
  • Queixas frequentes de cansaço sem motivo físico claro
    O corpo pode até estar bem, mas a mente cansada reflete em dores sem explicação, falta de energia ou constante indisposição. Muitas vezes, o sofrimento psíquico se manifesta de forma física nos idosos.
  • Isolamento mesmo diante de convites e interações
    Quando o idoso recusa visitas, evita ligações, não quer sair de casa ou participar de encontros familiares, isso pode ser mais do que timidez ou “gênio difícil” — pode ser sinal de que ele está se fechando por conta de um sofrimento silencioso.
  • Alterações no sono e no apetite
    Dormir demais ou de menos, comer em excesso ou perder totalmente a fome são mudanças que afetam diretamente o bem-estar e podem ter fundo emocional.
  • Pensamentos negativos frequentes
    Frases como “já vivi demais”, “ninguém se importa comigo”, “só dou trabalho”, ou comentários que expressem desesperança devem ser levados a sério. Mesmo que ditos de forma sutil, podem indicar sofrimento profundo e até risco de suicídio.

Esses sinais não devem ser ignorados. Quanto antes houver acolhimento e cuidado, maiores são as chances de recuperar o bem-estar e a qualidade de vida na terceira idade. A saúde mental importa em todas as fases da vida — inclusive (e especialmente) na velhice.

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Como Apoiar um Idoso em Sofrimento Emocional?

O sofrimento emocional na terceira idade é muitas vezes silencioso, mas profundamente impactante. O apoio de familiares, amigos e cuidadores pode fazer toda a diferença. Mais do que dar conselhos prontos, o mais importante é oferecer presença, empatia e respeito.

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 Muitos idosos só querem ser ouvidos. Estar presente — de verdade — pode ser mais valioso do que qualquer conselho. Reserve um tempo para escutar com atenção, sem interromper, sem apressar, sem julgar.
Pergunte com interesse: “Como você tem se sentido?”, “Tem algo que está te preocupando?”.
Quando o idoso se sente acolhido e respeitado, ele se abre com mais facilidade e pode, aos poucos, aliviar a dor que carrega.

2. Incentivo ao tratamento psicológico ou psiquiátrico

Buscar ajuda profissional não é sinal de fraqueza, e sim um ato de cuidado consigo mesmo.
No entanto, muitos idosos cresceram em uma época em que saúde mental era tabu. Frases como “isso é coisa da sua cabeça” ou “psicólogo é pra quem está louco” ainda ecoam em muitas famílias.
Por isso, é importante explicar, com paciência e afeto, que psicólogos e psiquiatras estão ali para ajudar — assim como um médico ajuda com a pressão ou o coração.
Você pode se oferecer para acompanhar o idoso nas primeiras consultas, ajudar a marcar o atendimento pelo SUS (como nos CAPS), ou buscar profissionais com escuta especializada para a terceira idade.

3. Estímulo à convivência e ao afeto no dia a dia

O convívio social é um dos principais fatores de proteção para a saúde mental dos idosos.
Pequenos gestos — como uma ligação no meio da tarde, um convite para tomar um café ou uma visita sem pressa — têm um poder enorme.
Incentive a participação do idoso em atividades comunitárias, centros de convivência, rodas de conversa, oficinas culturais ou encontros religiosos, se fizerem sentido para ele.
Estar em contato com outras pessoas, se sentir útil, trocar histórias e construir novas memórias faz bem para o coração e para a mente.

Lembre-se: não é preciso resolver tudo. Às vezes, estar ao lado já é o que mais importa.

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O Papel da Família e da Rede de Apoio

Cuidar de alguém na terceira idade é um ato de amor, mas também uma grande responsabilidade. E ninguém deveria carregar essa missão sozinho. A saúde emocional do idoso não depende apenas de uma pessoa — ela precisa ser sustentada por uma rede sólida de apoio formada por familiares, amigos, vizinhos e profissionais da saúde.

Família unida faz diferença

É fundamental que filhos, netos, sobrinhos ou outros parentes próximos se envolvam no dia a dia do idoso. Nem sempre é possível estar presente fisicamente, mas pequenas atitudes — como ligações frequentes, mensagens, visitas agendadas, ajuda com consultas médicas ou mesmo a escuta atenta — mostram que ele é valorizado e não está esquecido.
Mais do que resolver problemas, o papel da família é acolher, respeitar os sentimentos do idoso e incluir sua opinião nas decisões sobre sua vida.

A importância do diálogo e da empatia

Muitas vezes, o idoso sente que perdeu o controle da própria vida. Por isso, manter o diálogo aberto é essencial. Escute com paciência, evite impor decisões e, sempre que possível, compartilhe as escolhas com ele. Isso fortalece sua autoestima e o sentimento de pertencimento.

Vizinhos e amigos também podem ajudar

Nem todo idoso tem uma família próxima. Nessas situações, amigos, vizinhos e membros da comunidade podem ser parte dessa rede de apoio. Um olhar atento, um cumprimento afetuoso, um convite para uma caminhada ou uma conversa na calçada podem parecer simples, mas têm um enorme impacto emocional.

Profissionais da saúde são aliados

Agentes comunitários, psicólogos, médicos e cuidadores têm papel fundamental. Criar uma relação de confiança com esses profissionais pode facilitar o acesso a tratamentos, prevenir agravamentos e garantir que o idoso esteja sendo acompanhado de forma integral.

Cuidar de quem cuida

É essencial lembrar: quem cuida também precisa de cuidado. Filhos, netos, cuidadores profissionais ou voluntários enfrentam desafios físicos e emocionais. É comum sentir culpa, cansaço, medo ou impotência.
 

Por isso, buscar apoio psicológico, dividir tarefas entre familiares, participar de grupos de escuta ou, simplesmente, tirar um tempo para si, não é egoísmo — é necessário. Somente quem está bem emocionalmente pode oferecer um suporte verdadeiro e saudável ao outro.

Criar uma rede de apoio é, acima de tudo, um ato de humanidade. E cada elo dessa corrente fortalece o cuidado e o bem-estar dos nossos idosos.

Serviços de Apoio e Atendimento Gratuito

CAPS (Centro de Atenção Psicossocial): oferecem acompanhamento psicológico e psiquiátrico pelo SUS. Muitas unidades têm programas específicos para a terceira idade.

UBS (Unidades Básicas de Saúde): são o primeiro caminho para buscar orientação, diagnóstico e encaminhamento a outros serviços de saúde mental.

CVV (Centro de Valorização da Vida – 188): oferece apoio emocional gratuito, sigiloso e 24h por telefone, inclusive para pessoas idosas que se sentem solitárias ou em sofrimento.

Centros de convivência para idosos: espaços que promovem atividades físicas, culturais e sociais. Informe-se com a prefeitura do seu município.

Cuidar da Mente Também é Cuidar da Vida

A saúde mental na terceira idade merece atenção, respeito e escuta. O sofrimento psíquico não é uma fase “natural da velhice” e não deve ser ignorado. Com acolhimento, informação e apoio, é possível oferecer aos nossos idosos uma vida mais leve, com dignidade e bem-estar.

Se você convive com alguém na terceira idade, ou está nessa fase da vida, saiba: você não está sozinho. Cuidar da mente é um ato de amor — e toda vida merece esse cuidado.

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